Não sei se deva sentir-me contente ou corar de vergonha. A única certeza que tenho é que ainda há gente com bons modos e educada.
Ora bem, pediram-me indicações para um possível local de estacionamento ou parque próprio. Não só não consegui responder concretamente como, ainda por cima, consegui confundir a senhora.
Ver a senhora a deixar o recinto e a afastar-se cada vez mais do local pretendido, deixou-me branca e balbuciante. Esforcei-me por esquecer o pedido de ajuda, mas não estava fácil.
Eis senão quando, ainda atordoada com o que acabara de fazer, deparo-me com a dita senhora a descer a rua em direção a mim. Como reflexo, começo a preparar na minha cabeça um pedido de desculpas. No entanto, recebo um agradecimento sincero de quem conseguiu, ainda que um bocado longe, estacionar de forma gratuita e sem problemas.
Tentei várias vezes desculpar-me que eu não sou de fugir às responsabilidades, fui sempre interrompida com um “muito obrigada, não costumo vir para estes lados”.
É incrível, não só não ajudei, como até atrapalhei e recebo toda esta gentileza e gratidão. Bem-haja, ainda há gente educada. Acho que me caiu uma lagriminha de emoção.
Também não faço a mais pequena ideia de que forma a minha informação terá sido processada. O que lhe disse não fazia sentido nenhum. Aquela cabeça deve estar toda curto-circuitada. Felizmente, conseguiu estacionar o carro e em condições. Acho.
Moral da história:
Comentários
Enviar um comentário