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A DGS e a campanha da princesa que não fuma

Depois de assistir a tanta polémica, resolvi ver o tal filme da DGS, “Uma princesa não fuma!”, lançado na quarta-feira passada.



“Uma princesa não fuma!”

Já aqui disse que sou fumadora e, caso existam dúvidas, sou mulher. Mas adiante, passemos ao “Uma princesa não fuma!”.

Não é novidade que o consumo de tabaco aumentou e a Direção-geral de Saúde (DGS) justifica esta campanha com aumento do número de mulheres fumadoras.

O vídeo tem sido apelidado de estereotipado e misógino. Segundo o Bloco de Esquerda, “apresentar uma dependência como um ato de vontade simples, associado a amor, é culpabilizador da pessoa fumadora e simplificador do processo árduo e complexo que é deixar de fumar”. E eu concordo, em parte, por isso é que estas campanhas devem incidir em quem ainda não começou a fumar, sejam princesas ou príncipes. Mas neste caso são princesas porque há um aumento do número fumadoras.

O que me incomoda na discussão à volta do “Uma princesa não fuma!” é a parte da (des)igualdade de género. Os géneros têm características diferentes, caralho. Chamo princesa às meninas e príncipes aos meninos. A mim ninguém me chama princesa porque já ultrapassei essa faixa etária, vidas. Adiante. Consome-me mais existirem diferenças salariais entre géneros do que a “culpabilização do género” no vídeo.

Em relação ao vídeo propriamente dito, é mauzinho. O que me leva a pensar que esta celeuma toda sobre a igualdade de géneros é para desviar a atenção do filme em si. Serão amigas do realizador? Por favor, investiguem isso e, não se esqueçam, fumar faz mal!

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