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Portas (entre)abertas

Portas são simultaneamente sinónimo de obstrução mas também de fluxos, mediante a sua condição de fechada ou aberta.



Esta foi uma das ideias subjacentes de uma conversa tida com o meu pai, há já alguns anos.
Dizia-me, com cara de que a informação que estava a partilhar comigo era resultado de experiências tidas na primeira pessoa, que nunca deveriamos fechar totalmente as portas quando terminavamos uma relação, fosse ela de carácter mais pessoal, social ou laboral.

Portas fechadas representam fins.
E se algo já consegui perceber é que a vida dá muitas voltas. Numa dessas voltas, caro(a) amigo(a), habilitamo-nos a chegar exactamente ao mesmo ponto de onde haviamos partido. De certeza que uma porta fechada será dispensável, naquele momento.

Um fim, quando queremos um novo início.

Nem sempre é fácil sair de fininho, encostando a porta à saída. Por vezes queremos mesmo fazer barulho, bater com a porta, fazer saber que o Elvis just left the building.

Já quis bater com a porta uma série de vezes. Não digo que nunca o fiz. Mas evito.

Quando fechamos a porta, não se torna impeditivo que não voltemos a essa "casa".
Mas também vos digo que é provável que a entrada seja feita pela porta dos fundos.


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