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RGPD - Regulamento Geral Proteção de Dados

Até ao dia 24 de maio estava tudo bem. Ontem, 25, foi o dia das lamurias, o fim do mundo em cuecas. E culpa é do RGPD - Regulamento Geral de Dados.

Até dia 24 de maio estava tudo bem, ontem, 25, foi o dia das lamurias. Como sempre nestas coisas, não se está ver muito o que nos calha a nós até caírem em cima 1500 e-mails e 300 SMS.
Tal como em todas as mudanças, também no RGPD - Regulamento Geral de Dados, nunca se está ver muito bem o que nos calha até nos caírem em cima 1500 e-mails e 300 SMS.

A bem da verdade, não podemos dizer que não sabíamos que os nossos dados andavam por aí de mão em mão. Principalmente sabendo que há anos que se vendem base de dados. Não tínhamos era consciência do "estrago" da falta de proteção de dados. Achávamos estranho que empresas com as quais nunca tínhamos tido contacto, tivessem o nosso contacto. Mas não passava daí, da estranheza.

Já há bastante tempo que se fala do RGPD - Regulamento Geral de Dados, mas a consciência do abuso chegou-nos através do escândalo Facebook e Cambridge Analytica. Sim, ao criar conta no Facebook demos autorização para acederem aos nosso dados e informações. Se a resposta fosse não, a aplicação da rede social não seria instalada.

Para o comum dos mortais, os dados que os da rede social haveriam de querer sobre nós, não passariam do número de telefone e endereço de e-mail. Errado e eu também sou uma das otárias. Sabem gostos, interesses, amigos, onde estudamos, onde trabalhamos, idade, etc. Quem trabalha em marketing ou publicidade sabe bem o jeito que dá esta segmentação. Não vou entrar pelas mensagem privadas, rezo para que nunca nenhum de vocês, povo de quem eu gosto, tenha mandado nudes. Ou eles também já sabem ou podem vir a saber, se o quiserem saber, que têm as marufas descaídas ou pila pequena.

Voltando ao RGPD - Regulamento Geral de Dados, nas ruas e nas redes sociais, o queixume era sobre a quantidade de e-mails e SMS de empresas que "querem continuar a falar" connosco, mas, face ao novo RGPD, teremos que assinalar uma data de caixinhas e autorizar a utilização legal dos nossos dados, garantindo sempre que os vão tratar com respeito porque a "proteção de dados" dos seus utilizadores é algo que muito prezam.

Receber estas comunicações todas é, para mim, um pequeno preço a pagar pela proteção de dados. Há sempre quem veja um copo meio vazio e quem veja o copo meio cheio. No entanto, para sermos corretos, o copo está sempre cheio ou de água, ou de ar ou de água e ar. Por isso, vejam o lado positivo, aproveitem para rever quem tem os vossos dados. Autorizem a quem vos interessa autorizar e retirem esse poder a quem não vos interessa. Tenho a certeza que já receberam contactos de empresas, por causa do RGPD, que nunca vos tinham contactado antes. O que é que isto vos parece?

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